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Bem Vindo(a), Jornalista Responsável: Gessica Souza DRT/MS 0001526
13 jan 2015 22:15:00
| Última HoraSabe aquele dito popular relacionado à condição financeira, 'fulano nasceu em berço de ouro"? No caso da Fernanda, que só deve chegar no finzinho de março, podemos usar o mesmo termo, mas o valor é outro: a "preservação da história da família", afirma a jornalista Laura de Souza Mendonça, de 32 anos.
Grávida de sete meses, Laura decidiu utilizar o berço em madeira comprado pela avó em 1960. Não foi imposição da família nem falta de condições de adquirir outro, mas sim, o desejo de resgatar e manter na memória momentos que a mãe e avó se emocionam ao contar.
Na época, a família morava em Sidrolândia, distante 64 quilômetros de Campo Grande. Há 55 anos, o transporte era mais difícil e ir para a capital não era rotina. A dona Luzia Ribeiro de Souza, hoje com 75 anos, aproveitou uma das viagens e comprou para a filha, Sueli, o berço.
O móvel em madeira imbuia foi adquirido por 200 contos, lembra Luzia, em uma loja, que na época, ficava no centro comercial de Campo Grande. Depois foi levado para Sidrolândia e de lá, para Maracaju, município onde a família fixou residência. O transporte foi complicado, mas, no fim, tudo deu tão certo que a pequena Fernanda vai nascer 'em berço de ouro'.
O berço foi usado por Sueli, pela tia dela, pelos três filhos, entre eles Laura, por um neto dela e agora será a vez da mais nova integrante da família. "Estava lá na fazenda. Sempre lembrava dele", fala a jornalista.
Neste pouco mais de meio século, a única reforma no berço foi a que Laura fez. "Apenas laqueei para ficar mais moderno. Não mexi em mais nada nele". Até então, só havia sido utilizado na cor original. O móvel tinha pequenos danos.
De acordo com Laura, quando a dona Luzia soube que o berço que ela havia comprado há tanto tempo seria utilizado novamente, a emoção tomou conta da idosa.
Ao se lembrar de momentos envolvendo o berço, ela novamente chora. "Minha mãe está chorando aqui", fala Sueli, ao repassar ao G1 a história contada pela mãe sobre a irmã dela, já falecida. "Antes de dormir ela ajoelhava e rezava no berço".
Sueli tem 53 anos, é professora e conta 'como se fosse ontem' da noite de Natal em que subiu no berço para esperar o papai noel. "Eu tinha 7 anos e era Natal. Minha mãe disse que o papai noel iria trazer os presentes. Eu fingi que dormi e, pelo vão do berço, vi a irmã da minha mãe trazendo a caixa de brinquedos. Era uma caixinha de xícaras. Tenho essa imagem na cabeça".
A professora lembra também que o filho mais novo pulou do berço e caiu na cama dela, que ficava ao lado. "Pulou de danado que ele era", brinca. Agora, é a vez da Fernanda escrever novos capítulos da história da família com o berço.
Fonte: G1
Foto: Arquivo Pessoal / Laura Mendonça
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