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Bem Vindo(a), Jornalista Responsável: Gessica Souza DRT/MS 0001526
20 mar 2017 12:32:00
| Colunista em FocoOlá, tudo bem?
No artigo desta semana falaremos de um tema bastante atual, importante e desafiador das relações humanas que se refere à enigmática e complexa pergunta: Como cuidar bem dos filhos?
Bom, para tentarmos decifrar os mistérios que envolvem o difícil processo de criação dos filhos, principalmente nos dias de hoje, precisamos, em primeiro lugar, definir o conceito de ‘Educação’ e sabermos diferenciar os diferentes papéis dos agentes educacionais, por exemplo, Família e Escola / Pais e Professores.
A Educação não deve ser confundida com a Escolarização! A escolarização inicia-se quando a criança começa a frequentar uma instituição de ensino (creche, escola) capaz de transmitir conhecimentos científicos (leitura, escrita, cálculos, localização geográfica e histórica etc.) necessários ao bom convívio em sociedade. Já a Educação começa dentro de casa (e continua em outros ambientes), no seio familiar, por meio de observação, imitação, exemplos e modelos a serem seguidos pelos Pais e/ou Responsável Legal, figuras-centrais para a formação do caráter e da personalidade do sujeito ainda na tenra infância.
Quando as crianças e adolescentes adentram o ‘mundo escolar’ eles automaticamente se transformam em ‘alunos’, o que significa que, além de suas culturas, valores e estilos de vida próprios vindos de casa, agora eles deverão aprender a lidar e a respeitar os demais, que na maioria das vezes, são diferentes dos seus gostos. Quando se torna um ‘aluno na escola’ não se deixa de ser criança ou adolescente, mas passa a ter que lidar com novas regras e limites a serem respeitados e valorizados para o bom convívio de todos(as).
Acontece que muitas das vezes temos assistido grandes dificuldades encontradas pelas crianças e jovens quando o assunto é regras e limites! Isso mesmo, alunos não conseguem respeitar e valorizar o professor em sala de aula e pais não conseguem diferenciar os papéis e funções de ser pai/mãe e ser professor(a).
O que precisa ficar claro é que ambos (Pais e Professores) são agentes educacionais e ‘Figuras de Autoridade’ que merecem o seu respeito e valor. Quando estas figuras entram em declínio quanto ao estabelecimento de suas ordens e papéis o
processo educacional (transmissão de conhecimentos, valores, cultura etc.) fica desprotegido e ameaçado quanto à sua eficácia e importância.
Bom, mas este é um assunto para outro artigo e neste queremos nos centrar na relevância do papel dos pais na educação de seus filhos e como descobrir a melhor forma de cuidá-los, educá-los? Eis a questão, na realidade, são muitas as orientações dadas a Pais/Mães e/ou Responsáveis Legais acerca de como auxiliar os seus filhos a serem pessoas mais dispostas, educadas, realizadas e felizes. No entanto, iremos citar três grandes exemplos de medidas/dicas a serem adotadas pelos Pais para poderem orientar seus filhos da melhor maneira possível, mesmo sabendo das enormes dificuldades impostas pela sociedade moderna.
Respondendo a pergunta inicial: como cuidar bem dos filhos?
1º AFETO
Acima de tudo, somos seres dotados de emoções, sentimentos e de uma boa gama de afetividade e humor, ou seja, necessitamos de relações afetivas favoráveis e calorosas ao nosso ego, para que possamos desenvolver sentimentos fundamentais de pertença, estima, segurança, aceitação, valorização etc.
A importância de transmitir um ambiente acolhedor, confiante e que seja um porto-seguro para os filhos se torna cada vez mais urgente, pois será por meio da afetividade que o filho construirá bases sólidas e saudáveis para os seus relacionamentos tanto intra quanto interpessoais (relações com o eu e com o outro), hoje (presente) e amanhã (futuro).
2 º LIMITE
Medida extremamente eficaz e necessária à estruturação da personalidade humana, a imposição e o estabelecimento de regras e limites torna-se essencial para a aquisição de novos e futuros conhecimentos, habilidades e valores fundamentais para a convivência na comunidade. Dizer o ‘Não’ no momento certo e na hora certa faz toda a diferença na educação dos filhos, visto que, não podemos fazer tudo o que queremos nesta vida, dada às proporções remotas a poucos, teremos que saber ‘enfrentar e administrar’ bem o nosso tempo, nosso limite, espaço, ritmo, desenvolvimento e aquisição de aprendizagem etc.
3º DIÁLOGO
Para demonstrar afeto e impor limites necessários à educação de seus filhos os Pais precisam construir um ‘canal de acesso’ bastante saudável, sólido e presente na vida deles, pela via do diálogo, da conversa, da proximidade, do contato, do olho a olho, abraço a abraço, palavra por palavra etc.
Diálogo é muito mais do que apenas falar, é saber ouvir, é saber esperar, é saber se colocar no lugar do outro, desenvolvendo a tão importante empatia. Dialogar é ser, estar e fazer-se presente na vida do filho, é não julgar, mas orientar, é não apenas criticar, mas conscientizar, é não apenas apontar, mas indicar, sugerir diferentes caminhos e alternativas de vida, passagens, travessias possíveis...
Concluindo este artigo esperamos que Pais/Mães/Responsáveis possam aprender um pouco mais sobre como cuidar de seus filhos e fazer com que eles venham de fato a desenvolverem recursos e potenciais necessários à socialização, compartilhamento e conquista da autoestima, autoconfiança e autoimagem fortalecidas, atributos hoje em dia tão importantes, mas às vezes distantes e escassos da realidade de muitos.
Por fim, queiramos filhos melhores, sejamos Pais/Mães/Responsáveis melhores. O exemplo ainda é uma das melhores formas de ajudar os filhos a serem cidadãos de bem nesta sociedade.
Até o próximo.
Edinelson V. Queiroz
> Psicólogo Clínico – Especialista em Psicologia Organizacional.
> Assessor e Orientador Escolar, Acadêmico e Profissional.
> Palestrante em (Escolas, Universidades, Empresas, Igrejas, Associações etc.).
CRP/MS 14 04840-8
(067) 9 9944-0757 (Cel e Whats)
Facebook.com/PsicólogoEdinelsonQueiroz
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