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Bem Vindo(a), Jornalista Responsável: Gessica Souza DRT/MS 0001526

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Dr. Francisco Netto: Saiba tudo sobre Depressão, sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamento.

18 abr 2018 10:48:00

| Colunista em Foco

Dr. Francisco Netto: Saiba tudo sobre Depressão, sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamento.

ESTREIA

A Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que a depressão se tornará a doença mais comum do mundo nos próximos 20 anos. Atualmente, ela afeta mais 350 milhões de pessoas de todas as idades e é causa de mais de 850 mil suicídios por ano. Diante de números tão altos, especialistas da área de saúde reforçam a necessidade de estar atento aos principais fatores que podem desencadear o problema.

Considerada o "mal do século" a depressão ainda é um desafio para médicos e pacientes. Segundo OMS, até 2020, a depressão será a segunda causa de morte mundial por doença, ficando apenas atrás das doenças cardíacas. Os dados são assustadores e, nas atuais circunstâncias em que vivemos, precisamos falar sobre a depressão. É preciso entender que ela não é apenas uma tristeza passageira, mas sim uma doença. E, como toda doença, precisa ser diagnosticada precocemente e tratada da forma correta.  

O que é Depressão?

depressão é caracterizada pela perda ou diminuição de interesse e prazer pela vida, gerando angústia e prostração, algumas vezes sem um motivo evidente. Esse transtorno psiquiátrico atinge pessoas de qualquer idade, embora seja mais freqüente entre mulheres e exige avaliação e tratamento com um profissional adequado. O desânimo sem fim é fruto de desequilíbrios na bioquímica cerebral, como a diminuição na oferta de neurotransmissores como a serotonina, ligada à sensação de bem-estar.

Quais são os sinais e sintomas mais comuns?

  • Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia;
  • Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;
  • Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis;
  • Desinteresse falta de motivação e apatia;
  • Falta de vontade e indecisão;
  • Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;
  • Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.

Quais são os fatores de risco para Depressão?

  • Histórico familiar
  • Transtornos psiquiátricos correlatos
  • Estresse crônico
  • Ansiedade crônica
  • Disfunções hormonais
  • Excesso de peso
  • Sedentarismo 
  • Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas)
  • Problemas cardíacos
  • Perda de entes queridos
  • Separação conjugal
  • Neurotransmissores alterados
  • Fatores genéticos
  • Doenças crônicas
  • Eventos traumáticos na infância ou mesmo vida adulta
  • Medicamentos e seus efeitos colaterais
  • Acúmulo de estresse

Qual a melhor Prevenção?  

Para espantar a tristeza sem fim da rotina, é importante gerenciar o estresse e compartilhar as dificuldades do dia a dia. Ler, aprender coisas novas, fazer hobbies e se divertir ajudam a manter a cabeça ativa e livre de pensamentos negativos ou preocupações excessivas. O otimismo, ladeado de bom-senso, assegura o bem-estar emocional. Ou seja, cuidar do organismo reflete na saúde mental. Nesse ponto, o conselho é praticar atividades físicas regularmente, inclusive porque estudos atestam que elas incentivam a liberação de hormônios e outras substâncias importantes para a manutenção do humo

Como é feito o Diagnostico?

Existem alguns testes e questionários que apontam o dedo para o distúrbio, mas uma anamnese bem feita e qualificada, faz toda diferença, que incluirá histórico do paciente e da sua família, bem como alguns exames, poderá cravar se o problema é realmente uma depressão. A condição, aliás, muitas vezes está associada a outros transtornos psiquiátricos. A depressão também é classificada de acordo com a sua intensidade em leve, moderada ou grave.

Como é feito o tratamento?

A depressão pode durar semanas ou mesmo anos. E uma vez que o indivíduo passe por uma crise, corre maior risco de enfrentar episódio semelhante outra vez na vida. Na maioria das vezes, o tratamento é feito em conjunto pelo psiquiatra e o psicólogo. Existem diversos medicamentos antidepressivos, que ajudam a regular a química cerebral, e o médico escolherá segundo o perfil do paciente e sua historia clínica.  Dentro da abordagem da psicoterapia, uma das correntes mais utilizadas no tratamento da depressão é a cognitivo-comportamental, que identifica conflitos e auxilia o paciente a encará-los e sair do estado de abatimento.

No mais, volta à tona a recomendação de um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada e prática regular de atividades físicas. Também se reforça a indicação para combater o estresse concedendo tempo na agenda para atividades prazerosas.

Dicas de algumas atitudes que ajudam no tratamento :

Pratique exercícios físicos: A saúde da mente começa pelo corpo. O exercício físico libera endorfinas e aumenta os níveis de serotonina e dopamina, potencializando o efeito antidepressivo do tratamento.

Mantenha a agenda em dia: Uma das principais manifestações da depressão é a falta de iniciativa e de vontade para realizar até mesmo tarefas cotidianas, como levantar-se da cama. Fazer uma agenda e programar o dia ajuda a dar motivação e compensar essa defasagem.

Alimente-se bem: Comer demais ou simplesmente não comer é clássico de quem sofre de depressão. Mas manter a alimentação saudável é um passo importante para a recuperação.

Fuja do álcool: Embora a sensação inicial causada pelo álcool seja de relaxamento e euforia, o sentimento dura pouco. Depois que esse efeito passar, a pessoa precisará consumir mais álcool, existindo o perigo do abuso e até do vício

Volte a ver beleza nas pequenas coisas: Volte a observar as coisas simples do dia a dia, ou seja, tente admirar uma flor, o gosto de uma comida, apreciar uma caminhada de 10 minutos, olhar o pôr-do-sol, entre outras distrações. A depressão tira a atenção das coisas belas e prazerosas da vida, então você tem que reaprender a focar no que não consegue ver por causa da doença.

Ocupe-se com atividades divertidas:  A partir do momento que as pequenas belezas da vida estiverem mais evidentes, fica mais fácil recomeçar a encarar atividades que um dia já foram divertidas. Se isso não parece animador, então procure novas diversões. Busque novidades, aprenda coisas novas e prazerosas, viaje, fuja das notícias ruins e das pessoas negativas.

Reconquiste uma boa noite de sono: Pessoas com depressão, geralmente, dormem demais ou não conseguem pegar no sono. Isso ocorre devido a alterações nos níveis de serotonina e noradrenalina, hormônios que regulam o sono. O problema é que o sono é essencial para o cérebro regular novamente esses hormônios e amenizar os efeitos da depressão. Se o problema for falta de sono é indicado exercícios de respiração, que relaxam e facilitam o adormecer. Se dormir demais for o problema recomenda-se pedir a alguém próximo que o desperte quando achar que você está passando da conta.

“A sua vida pode não estar do jeitinho que você sonhou ou então apresentar picos de tristeza e dificuldades. Mas saiba, todos nos sentimos assim. Acontece que a freqüência de pensamentos negativos, tristeza e exaustão podem indicar que o problema já foi longe demais. Por isso, a importância de se cuidar e de se proteger, para que esses sentimentos negativos não se instalem de maneira tão cruel em você e lhe afetem de modo desastroso emocionalmente. Para prevenir a depressão, o melhor é manter hábitos saudáveis, estar atenta e descartar os hábitos nocivos.”

Francisco José Netto, Médico, Clínico Geral, graduado pela Universidade de Marília, (2012/2017), atualmente em Maracaju, Médico Plantonista no Hospital Soriano Corrêa da Silva  e atua na Equipe Saúde da Família no Egídio Ribeiro, devidamente registrado no CRM/MS: 9657. Atualmente, especializando em Saúde Mental | Psiquiatria no Instituto Brasileiro de Ciências Médicas – SP.

Contato: (67)  98105 4949

 

Foto: Felipe Ferreira - Fotografia

Fonte:

1 - Organização Mundial da Saúde (OMS).

2 - Fraguas RA, Ferraz TC. Depressão no Hospital Geral: estudo de 136 casos. Rev Assoc Med Bras. 1992;48(3):225-30.

3 - Cabral, J. C. (2018). Uma Introdução à Neurociência das Emoções. Universo Racionalista.

4 - FLECK MPA, BAEZA FLC. Depressão. IN: Duncan BB et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Artmed 2013.

5 -  CHIAVERINI DH et al. Guia prático de matriciamento em saúde mental. Ministério da Saúde: Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011.

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