Logo site
Twitter

Curta nossa FanPage

fb.com/mjuemfoco

Twiter

Siga-nos

@maracajuemfoco

Instagram

Siga-nos

@maracajuemfoco

Bem Vindo(a), Jornalista Responsável: Gessica Souza DRT/MS 0001526

Anuncio 2

Entrevista em Foco: Susimeire Azevedo do mundo da telefonia para o agronegócio, administração e tecnologia para o Grupo Agro Forte.

11 set 2017 16:50:00

| Entrevista em Foco

Entrevista em Foco: Susimeire Azevedo do mundo da telefonia para o agronegócio, administração e tecnologia para o Grupo Agro Forte.

Redação

A equipe de reportagem do Maracaju em Foco conversou com a Empresária do Agronegócio Susimeire Alcântara Azevedo do Grupo Agro Forte de Maracaju, residente no município há 15 anos, antes disso residia em Cuiabá – MT a mesma dialogou sobre diversos temas como agronegócio maracajuense, tecnologias do campo, crise econômica, método de trabalho e resultados do campo.

Do ramo da telefonia ao agronegócio a empresária salientou que para crescer no agronegócio é necessário profissionalismo, destacou que atualmente trabalha com sistemas eficazes no processamento de dados e levantamento de informações, auxiliando na tomada de decisões.


Antes de se unir ao esposo no ramo do agronegócio Susimeire atuou no ramo de telefonia - Foto: Arquivo Pessoal


Antes de se unir ao esposo no ramo do agronegócio Susimeire atuou no ramo de telefonia - Foto: Arquivo Pessoal

Maracaju em Foco: Antes de entrar no ramo do agronegócio você atuava em uma área totalmente diferente. Conte-nos um pouco dessa fase antes de você mergulhar no meio rural.

Susimeire: Quando cheguei a Maracaju vim direto de uma multinacional para trabalhar no ramo de telefonia, onde também era empresária e permaneci por 10 anos quando encerramos nossas atividades. Após esse fato recebi o convite do meu esposo para administrar a nossa empresa de agricultura, onde trabalhamos especificamente com grãos.

Maracaju em Foco: Atualmente você administra quantos hectares plantados e quantos colaboradores?

Susimeire: Administro o plantio e colheita de quatro mil hectares e temos atualmente em nossa folha de pagamento 20 colaboradores, porém nos períodos de safra somando-se a contratação de diaristas chega ao número total de 60 pessoas.

Maracaju em Foco: Do ramo da telefonia para o agronegócio, quais foram as principais dificuldades e mudanças enfrentadas?

Susimeire: Quando vim para o agronegócio, literalmente não fazia ideia do que me esperava. A primeira etapa que iniciei foi a organização dos processos administrativos, delegamos as tarefas, por exemplo, o que é de especialidade de contador foi devidamente direcionado para um escritório de contabilidade, sendo assim, trabalho com diversos parceiros. Atualmente trabalho com parceria na contabilidade, recursos humanos, temos também um consultor financeiro que nos ajuda nas aplicações e fazer o giro do dinheiro. O agronegócio tem um movimento enorme de recursos, porém assim como gera muito dinheiro, muito dinheiro se vai, por isso temos que saber lidar com a parte monetária e em Maracaju já observamos que não há tanto amadorismo, ou seja, o agronegócio estava cada vez mais profissionalizado, mas para crescer hoje tem que ter organização.

Sempre falo na brincadeira que cai no agronegócio de paraquedas, mas o que apliquei aqui foi à administração que é a mesma ciência em toda empresa e o segredo de ter eficiência no negócio é comprar barato e comercializar bem e com o tempo adquirimos mais experiência. O agronegócio é fascinante, pois além do contato direto com o campo temos um contato grandioso com o mundo externo, isto é, lidamos diretamente com investimentos, analisando Bolsa de Valores e a economia global em si.


Máquina trabalhando no plantio da Safra 2017 do Grupo Agro Forte - Foto: Divulgação

Maracaju em Foco: Como o cooperativismo auxilia no agronegócio atual?

Susimeire: Auxilia muito. Somos associados de diversas cooperativas entre elas a LAR, COAMO e COPASUL, sendo que todas elas auxiliam no nosso volume de negócios, ajudando com bons preços para aquisição, ou ainda em bons preços de armazenagem e beneficiamento do produto e tudo isso vamos aprendendo no dia a dia do negócio. Somos também vinculados a uma cooperativa de grandes produtores que juntos somam 80 mil hectares plantadas, onde ocorre a troca de uma safra futura com um preço muito positivo com outros produtos, por exemplo, o adubo, assim os preços saem muito mais baratos, pois a compra ocorre em grande volume visando atender a todos os produtores ligados à cooperativa.

Maracaju em Foco: A crise econômica que o país atravessa afetou o agronegócio?

Susimeire: Sim, ela afeta em alguns fatores. Por exemplo, o aumento dos impostos nos combustíveis afetou também o homem do campo, o que notamos que infelizmente esse aumento de imposto não trás retorno ao agronegócio, mas encarece a produção. A crise também influencia na questão do preço do produto, valorização ou desvalorização do dólar, já que todos nossos produtos são vinculados ao dólar. Assim, a instabilidade política e econômica gera uma crise, gera problemas, mas o agronegócio e seu profissionalismo faz com que os produtores enfrentem essa crise com mais força, por exemplo, quando o dólar desvaloriza nós buscamos comprar insumos, quando ocorre à valorização do dólar valoriza nossas commodities através da exportação, ganhando-se dinheiro no preço do nosso produto.


Susimeire no Escritório Administrativo do Grupo Agro Forte, gestão e tecnologia a serviço do campo - Foto: Gessica Souza

Maracaju em Foco: Com as terras cada vez mais valorizadas e o agronegócio cada vez mais profissional compensa adquirir ou arrendar terras para plantio?

Susimeire: As terras em Maracaju estão sob um custo muito alto, realmente muito caro para se investir nesse momento. Há terras que são herdades de pai para filho, ou ainda aquelas que foram adquiridas no decorrer da vida dos proprietários, e nós arrendamos, onde investimos no negócio e sofremos os riscos do mesmo, sendo um negócio altamente produtivo para o proprietário e também para quem arrenda. Com o aumento e valorização das terras iniciou-se a chamada cobrança de “luvas”, que tem sido alvo de polêmica, pois quem está arrendando não concorda. Assim em nível de segurança do negócio compensa o produtor ter sua própria terra, mas como comprar terra sob custos tão altos? A título de comparação recentemente estivemos no Tocantins para conhecer e prospectar negócio e lá a hectare esta 7 mil reais, enquanto em Maracaju fala-se em torno de 35 a 40 mil reais. Enfim o negócio deve ser feito com os pés no chão de ambos os lados, pois se o arrendador cobrar muito o produtor irá perder sua capacidade produtiva e com o tempo literalmente falir, o que queremos atualmente é trabalhar em parceria, mas no sentido literal da palavra. Atualmente nosso lucro gira em torno de 13 sacas por hectare, ou seja, pagar algo em torno de 15 a 18 sacas de soja por hectare é literalmente impossível.


Maquinários trabalhando na Safra 2017 do Grupo Agro Forte - Foto: Divulgação

Maracaju em Foco: Quais são as perspectivas do agronegócio em nível de futuro em Maracaju e no país?

Susimeire: Acredito que continuará crescendo e temos muito espaço para esse crescimento, temos terra, pois em nível de conhecimento o agronegócio ocupa apenas 3% do território nacional, ou seja, temos algum espaço já aberto e que ainda não foi utilizado. Por lidarmos diretamente com alimento e com a população mundial cada vez mais crescente o agronegócio somente tende a se expandir ainda mais. O estado do Mato Grosso do Sul é o único estado do país que atualmente possui a Lei da Paridade, essa lei vem de diversos anos e se tornou muito interessante para todos os líderes do executivo estadual e por isso foi mantida, a Lei da Paridade destaca que tudo o que o estado produz pode ser exportado apenas 50%, já os outros 50% devem permanecer no estado, e ainda indago o porquê fica no estado? Não temos aqui grandes indústrias, beneficiadoras e esmagadoras de grãos, enfim, o volume de estoque de grãos no mundo com as positivas safras do Brasil e dos EUA esta cada vez mais excedendo, sobrando 4% anualmente, ou seja, acumulando e no nosso estado sobrará muito mais, enquanto nos outros estados tudo pode ser exportado o nosso estado será prejudicado, com a queda de preços, influenciando na nossa economia e para o agronegócio será muito ruim pois causará queda de preços o que nos impedirá de investir e até mesmo de produzir mais, causando um verdadeiro efeito de bola de neve, infelizmente negativo. Assim, é positivo ao estado que cobra tributos em cima desses estoques, mas se torna ruim a que efetivamente produz que fica acumulando devido à falta de compradores para nossos produtos.


Safra 2017 do Grupo Agro Forte - Foto: Divulgação

Maracaju em Foco: Fale um pouco sobre a tecnologia no campo e o quanto ela colabora com o produtor rural.

Susimeire: O Brasil participa dessa tecnologia de ponta, temos as melhores máquinas e também itens diferenciados do resto do planeta. O produtor rural ou até mesmo seu colaborador hoje trabalha em uma máquina com ar condicionado com todo conforto, piloto automático entre outros benefícios, essa tecnologia ao contrário do que pensam não tira empregos, pois substitui até mesmo o piloto em alguns casos, mas sempre terá que ter o profissional controlando o computador do lado de fora, ou seja, exigirá cada vez mais profissionalização das pessoas. Através também da agricultura de precisão economizamos dinheiro, e isso é tecnologia, pois compramos insumos com planejamento e economia, aplicamos onde mais precisa de melhorias na terra e isso era algo inexistente no passado, e com certeza com o trabalho aliado a tecnologia sem dúvidas o céu é o limite para todos os produtores rurais do Brasil.


Colheita de soja do Grupo Agro Forte de Maracaju - Foto: Divulgação

Maracaju em Foco: Com a crise nacional a oferta de empregos diminuiu drasticamente, porém, no agronegócio a quantidade de empregos ofertada ainda é positiva. Falta capacitação para as pessoas atuarem nessa área?

Susimeire: Acredito que falta capacitação, cursos específicos na área não somente no campo, mas também para a área administrativa, controle de softwares, químicos e laboratoriais, há muito campo e o agronegócio nãoé somente o plantio em si, há uma falta muito grande de mão de obra qualificada. Empresas de pequeno porte ainda realizam a contratação de mão de obra inexperiente para ir treinando e qualificando, mas as grandes empresas do campo em sua maioria já exigem a qualificação no ato da contratação. Mas, tendo mais cursos e qualificação para o homem do campo com certeza é muito melhor.

Reportagem: Ben Hur Salomão Teixeira - DRT/MS 0001391

Fotos: Gessica Souza - DRT/MS 0001526

Maracaju em Foco

O site de notícias que mais cresce em Maracaju!

Mais Destaques
Últimas Notícias
Eventos em Foco
Vídeos em Foco

INSTITUCIONAL

InícioSobre NósEventos em FocoAnuncieFale Conosco

ASSINE NOSSA NEWSLETTER

Receba por e-mail todas as novidades de Maracaju tudo em primeira mão!

YouTube

YouTube

@YouTube