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Bem Vindo(a), Jornalista Responsável: Gessica Souza DRT/MS 0001526

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Opinião: Globo silencia Jô Soares quando ele ainda tem muito a dizer

18 dez 2016 09:22:00

| Colunista em Foco

Opinião: Globo silencia Jô Soares quando ele ainda tem muito a dizer

Não parecia que ia doer tanto. Ano passado, com sucessivos afastamentos por problemas de saúde, o fim se fazia inevitável e necessário. Mas neste 2016, com o término cravado para o fatídico 16 de dezembro, tal desfecho passou a parecer uma decisão precipitada – diante de tantas entrevistas que repercutiram não só pelas declarações dos entrevistados, como pelas manifestações do entrevistador. O último “Programa do Jô” soou como um término precoce. E como todo fim sem razão de existir, doeu; doeu muito – ainda que existisse razão, doeria.

A edição final foi marcada pela emoção de Jô Soares, o homem de 14.426 entrevistas (incluindo a última com, seu convidado mais constante nestes 28 anos de talk show, Ziraldo). Mais emocionados estivemos todos nós, em casa, habituados a “ir para a cama” com o Jô. É fato que nossos mitos um dia chegarão à finitude; mas, no caso do gordo mais beijoqueiro do Brasil, o desfecho parece longínquo.

Jô ainda tem muito a dizer. E a Globo errou, feio, ao não perceber isso. Não há peças de reposição no elenco do canal. Marcelo Adnet se revelou um engodo com a mistura de entrevista e “humor” do “Adnight” que, espantosamente, terá uma segunda temporada mesmo diante da repercussão negativa. Pedro Bial, o substituto oficial, pode vir a ser um grande entrevistador, mas, neste momento, nem o êxito de seu programa no GNT, nem a condução do “Na Moral” (um programa de debates, não de entrevistas) o credenciam para preencher a lacuna deixada por Jô Soares. Seus concorrentes, Danilo Gentili e Fábio Porchat, apostam mais no show do que no talk – válvula de escape para o conteúdo muitas vezes raso tanto de entrevistados, quanto dos entrevistadores. É evidente que uma hora haveria a necessidade do multimídia se ausentar no vídeo. Mas esta hora não é agora.

Afinal, Jô Soares ainda tinha muito a dizer. Esta última temporada – como ele frisou a cada edição e nós nos negamos a acreditar – do “Programa do Jô” surpreendeu pelo alto nível das conversas. Com tempo de arte reduzido e a diminuição do número de convidados, Jô pode explorar melhor as potencialidades do seleto time que passou pelo seu sofá. Dominou a imprensa, afugentou a concorrência e “zerou” a internet em encontros memoráveis com Fausto Silva, Fernanda Montenegro, Roberto Carlos… Acompanhou a efervescência política – e foi acusado de defender o PT da presidente impichada Dilma Rousseff – não só com convidados do meio, como também no “Meninas do Jô”, talvez sua melhor criação nos últimos anos; farão falta os embates verbais, cheios de doçura e cumplicidade, que travava com Lilian Witte Fibe.

Para sorte dos telespectadores – e talvez do SBT – e para azar da Globo, Jô Soares não pretende se aposentar. Isto ficou claro no monólogo que tradicionalmente abriu o programa durante todos esses anos, ontem em tom mais sóbrio e terno. Uma frase estrategicamente pensada para gerar indagações no público acendeu nos telespectadores mais atentos a possibilidade de uma segunda estadia na emissora de Silvio Santos, a quem agradeceu quase de joelhos – “esse programa modificou minha vida e foi graças a ele [Silvio] que estou aqui até hoje”, palavras do gordo. Também não está distante a possibilidade de ingresso nos canais Globosat. Jô, no entanto, é grande demais para uma TV fechada.

E por outras declarações feitas também no derradeiro “Programa do Jô”, não parece estar em paz com o Grupo Globo a ponto de fechar um novo contrato. O diretor-geral da emissora, Carlos Henrique Schroder, sentado na plateia à frente de Jô, sequer foi mencionado pelo apresentador. Com uma pontinha de ressentimento na entonação, frisou o quanto foi bem quisto por “seu Roberto” e, jocosamente, citou Roberto Irineu, hoje à frente da holding da família Marinho. Só o tempo (e a sinceridade educada de Jô) dirá se havia ali uma rusga ou foi só uma percepção errônea de milhares de telespectadoras buscando respostas para esse final nada feliz.

Fato é que a partir de segunda todos os insones estarão órfãos de um Jô Soares ainda muito vivo e cheio de histórias para ouvir e para contar. Que seja mesmo “daqui a pouco, a gente volta”, como ele fez questão de dizer no encerramento do “Programa do Jô” – me recuso a usar o termo “despedida”. Volta logo, Jô!

Duh Seco 

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