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Bem Vindo(a), Jornalista Responsável: Gessica Souza DRT/MS 0001526
08 fev 2017 16:00:00
| Saúde"O surdo-mudo vive em um mundo à parte. Essa é uma crença muito disseminada entre as pessoas, que ignoram o quanto pode ser criativo e produtivo um indivíduo com problemas de surdez e de fala. O desenvolvimento, a recuperação, ainda que parcial, e a integração dessas pessoas na sociedade é dever de todos nós. Para isso, é importante conhecer alguma coisa sobre a fala e a audição, os cuidados, os tratamentos. É muito importante também conhecer casos em que pessoas surdas-mudas são declaradas incapazes, quando na verdade elas podem decidir por si mesmas e têm direito de fazer escolhas em sua vida. A título de proteger, muitas vezes os direitos da pessoa deficiente são invadidos. Esses aspectos são abordados aqui, com uma ressalva: além das técnicas modernas de tratamento, o que faz desenvolver mais rapidamente um surdo-mudo é o respeito por sua pessoa, o reconhecimento de sua cidadania e principalmente o carinho daqueles que o cercam, tanto pessoal quanto profissionalmente."
O que é audição
Audição é uma modalidade sensorial dominante, isto é, um sentido especializado em perceber os sons. Na espécie humana, os receptores da audição se localizam no ouvido interno. É através da audição que a pessoa tem a possibilidade de vir a desenvolver a habilidade da fala. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 360 milhões de pessoas no mundo sofrem algum grau de deficiência auditiva.
O ouvido
O ouvido, órgão fundamental para a audição, é encontrado em todos os animais vertebrados. Ele é o responsável não apenas pela audição, mas também pelo equilíbrio do corpo. Para saber por onde os sons passam até chegarem aos ouvidos internos, é preciso conhecer as três partes de que ele é formado, que são: ouvido externo, que compreende a orelha, o canal auditivo e o tímpano; ouvido médio, que compreende pequeninos ossos chamados martelo, estribo e bigorna; e ouvido interno, que inclui cóclea (onde se dá a captação dos sons), sáculo, utrículo e canais semicirculares, e se localiza no osso temporal do crânio. O ouvido médio ainda tem comunicação com a faringe por meio de um canal flexível, que é denominado trompa de Eustáquio.
Toda essa engrenagem dentro do corpo humano está a serviço de perceber os movimentos, perceber a força da gravidade e da capacidade de ouvir os sons.
O que é a fala
A fala é a capacidade do ser humano de emitir sons inteligíveis, combinando letras e formando palavras, adquirindo assim uma linguagem que sempre é a mesma de seu lugar de origem ou dos pais. Uma criança aprende a falar, ouvindo os sons, associando com o objeto apontado e repetindo. Ela aprende, portanto, basicamente por imitação. A fala pode ser mais tarde aprimorada por meio do estudo e também com assistência fonoaudiológica, quando o caso requer ou quando a pessoa quer aperfeiçoar esta habilidade para fins profissionais. A partir da combinação de sua capacidade auditiva com a fala, ela pode desenvolver então a comunicação escrita, estende-se a fonoaudióloga, que estabelece como normal quando, em torno de um ano e três meses, a criança fala algumas palavras.
No segundo ano de vida, a criança já deve possuir um vocabulário de dez a 20 palavras e já combina as palavras em frases e sentenças curtas. Aos três anos, a criança pode possuir um vocabulário de mais ou menos mil palavras. Aos quatro, ela é capaz de reproduzir histórias.
Os problemas de audição que ocorrem a partir do nascimento podem ser detectados desde cedo. Se corrigidos em tempo, podem dar à criança a oportunidade de falar. Caso o problema perdure sem tratamento ou intervenção, a criança demorará mais a adquirir a fala, mas ainda assim poderá fazê-lo com ajuda de profissionais de fonoaudiologia.
A mudez se verifica na maioria dos casos em decorrência à surdez não tratada ou total, desde os primeiros anos de vida. Quando a surdez acontece por trauma ou acidente ou quando se verifica uma surdez temporária, em que a fala já se desenvolveu, esta última não será afetada. Pessoas que não sofrem de surdez, diante de um acontecimento emocionalmente traumático, podem ficar mudas, em geral temporariamente, para depois voltarem a falar como antes. Há casos de pessoas que tiveram derrame ou traumatismo craniano e têm dificuldade na comunicação em falar ou ler.
Espera-se que, até os quatro anos, a criança já domine a maioria dos fonemas (letras) da língua do lugar onde vive. No entanto, antes mesmo dessa idade,os pais ou responsáveis já podem perceber se a criança fala está sendo compreendido por outras pessoas, se ele está desenvolvendo a sua maneira de falar. Estas observações são muito importantes, uma vez que elas podem ajudar a prevenir e diagnosticar desde cedo muitas patologias que podem interferir no desenvolvimento escolar e social da criança. Assim, por exemplo, se a criança ainda se comunica apontando, necessita de intervenção fonoaudiológica.
É muito importante frisar que todo bebê de risco necessita de avaliação auditiva, alerta a especialista.
Quando recém-nascidos apresentam dificuldade de mamar (dificuldade de sucção), é imprescindível um trabalho especial para estimular e orientar essas crianças, para minimizar o mais possível o atraso no desenvolvimento de seus primeiros anos de vida.
A prática que os fonoaudiólogos chamam de estimulação essencial é toda atividade que favorece e enriquece o desenvolvimento físico, mental e social da criança de 0 a 3 anos de idade, portadora ou não de necessidades especiais.
Problemas de rouquidão ou aperfeiçoamento da voz podem ocorrer com pessoas de fala normal. Com o passar do tempo, a utilização incorreta da voz na fala pode causar alterações orgânicas nas pregas vocais, tais como: nódulos (calos), edemas, pólipos, etc. Essas alterações são detectadas através do exame com um otorrinolaringologista. O caso de cada indivíduo é estudado para ver qual a terapêutica a ser empregada. Muitas vezes, em casos iniciais, a utilização de técnicas de reeducação fonoaudiológica é suficiente para a correção. Entretanto, mesmo quando a terapêutica aplicada for a cirurgia, faz-se necessária a reeducação fonoaudiológica, para evitar que retornem as alterações provocadas por padrões incorretos de fonação. Os problemas na voz podem ser evitados com orientação de um fonoaudiólogo e, dependendo do caso, o tratamento deve ser combinado com psicoterapia.
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