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Bem Vindo(a), Jornalista Responsável: Gessica Souza DRT/MS 0001526
26 mai 2017 12:06:00
| EntretenimentoOs últimos acontecimentos da política brasileira têm feito o “Plantão da Globo” aparecer com frequência na programação da emissora. É impossível não ficar vidrado na TV quando o canal interrompe a programação e exibe a impactante vinheta do noticiário extraordinário.
Para William Bonner, editor-chefe e apresentador do “JN” – carro-chefe do jornalismo da Globo -, o plantão é comparado pelos telespectadores como um telefonema de madrugada. “É natural que o primeiro sentimento seja o temor. Algo ruim aconteceu. Mas nem sempre isso se confirma”, disse o jornalista em entrevista à “Gazeta Digital” em 2004.
O primeiro plantão da Globo foi exibido no dia 2 de abril de 1982, quando, em off, o jornalista Renato Machado noticiou o bombardeio do início da Guerra das Malvinas em um intervalo comercial do filme “Ao Mestre Com Carinho” (“Sessão da Tarde”). De lá para cá, o boletim foi exibido dezenas de vezes pela emissora, e reserva muitas histórias para contar. Algumas delas, estão na lista abaixo com 11 curiosidades do “Plantão da Globo”.
Confira:
Som que embala a vinheta foi inspirado em telejornal de extinta emissora
Tantantantantan tantantantan
O áudio que anuncia o plantão foi inspirado na antiga vinheta nervosa do “Repórter Esso”, da TV Tupi, em uma composição do maestro João Nabuco. O músico, que há muitos anos deixou a Globo, não recebe mais os direitos autorais de sua criação.
Para ele, o sucesso da abertura não é apenas o arranjo de impacto, e só funciona aliada à credibilidade do canal. Já a vinheta de abertura e encerramento foi desenvolvida pelo mestre das artes visuais Hans Donner. Todo esse trabalho é exibido por apenas 10 segundos, o suficiente para chamar a atenção.
Em algumas vezes, a tradicional vinheta do plantão é trocada por aberturas criadas especialmente para um evento específico. Como nos Atentados de 11 de setembro (2001), na Guerra no Iraque (2003), no julgamento de Impeachment de Fernando Collor de Mello (1992), na prisão de Saddam Hussein (2003), na morte de Michael Jackson (2009) e a queda do voo 447, em 2009.
Globo deixa tudo preparado para uma possível entrada ao vivo de seu jornalismo
Jornalistas de plantão
A Globo sempre está preparada para interromper a programação para dar uma notícia urgente. Durante a madrugada, se ocorrer um fato extraordinário, o primeiro boletim será dado ao vivo por Monalisa Perrone nos estúdios do “Hora 1”.
Após o primeiro telejornal do dia chegar ao fim, quem fica responsável por uma possível notícia extraordinária é a equipe do “Bom Dia Brasil”. Depois disso, qualquer plantão até às 15h será apresentado da redação do “Jornal Hoje”. E, mais tarde, os âncoras do “JN” estarão à disposição para o anúncio de um fato urgente. Após às 21h, o apresentador do “JG” é que fica de plantão.
A iluminação e o som do estúdio são sempre deixados “no jeito” para uma entrada ao vivo. A Globo também conta com o apoio da Globo News para dar informações em tempo real. Até nos anos 90, era comum a emissora anunciar uma notícia importante apenas com um off.
Acontecimentos históricos marcam a história no “Plantão da Globo”
Notícias que pararam o país
Criado na década de 80, o “Plantão da Globo” já informou ao público dezenas de acontecimentos de extrema importância, como a morte do presidente Tancredo Neves (21 de abril de 1985), o Fim da União Soviética (25 de dezembro de 1991), o sequestro de Silvio Santos (30 de agosto de 2001), o 11 de setembro (2001), o Impeachment da presidente Dilma Rousseff (12 de maio de 2016), o desaparecimento e morte de Domingos Montagner (15 de setembro de 2016) e outros falecimentos de figuras importantes, como a de Ayrton Senna (1 de maio de 1994), Papa João Paulo II (2 de abril de 2005), Osama Bin Laden (2 de maio de 2011), Tim Maia (15 de maio de 1998), Zacarias (18 de março de 1990), Mussum (29 de julho de 1994), Renato Russo (11 de outubro de 1996), PC Farias (23 de junho de 1996), Ivani Ribeiro (17 de julho de 1995), Bussunda (17 de junho de 2006) e dos integrantes dos Mamonas Assassinas (2 de março de 1996).
Globo não exibiu o sequestro do ônibus 174 de forma ininterrupta por medo de chocar a audiência
Imprevisível
No dia 12 de junho de 2000, o sequestro do ônibus 174, no Rio de Janeiro, ganhou amplo destaque nas emissoras de TV junto ao público brasileiro. Enquanto várias vítimas foram feitas refém por quase 5 horas, a Globo optou por não mostrar por muito tempo imagens ao vivo, temendo que um provável assassinato (O que de fato ocorreu) fosse visto em tempo real para o seu público. Por conta disso, a emissora interrompeu a programação apenas duas vezes, um durante a “Sessão da Tarde” e a outra em “Malhação”.
A decisão foi revista mais tarde por Evandro Carlos de Andrade, então diretor da Central Globo de Jornalismo. O diretor determinou que que transmissões de fatos que causassem grande expectativa deveriam ser mantidos no ar, e que caberia às famílias a decisão de assistir ou não. Ele chegou a comparar a interrupção de um acontecimento importante como uma forma de censura.
Dois acontecimentos importantes foram mostrados em um único boletim em 1992
Plantão duplo
No dia 29 de dezembro de 1992, dois casos de extrema importância dominavam o país: a renúncia de Fernando Collor de Mello e a morte da atriz Daniela Perez. A jornalista Leilane Neubarth entrou ao vivo direto do estúdio do “RJTV” para falar sobre o assassinato da filha da autora Glória Perez, enquanto Carlos Nascimento dividia a tela do mesmo boletim para informar ao público os últimos acontecimentos da política em Brasília.
Globo antecipou anúncio sobre morte de João do Pulo
Plantão falso
No dia 22 de maio de 1999, um “Plantão da Globo” exibido pela manhã deu uma notícia falsa. Sandra Annenberg interrompeu a programação da emissora para informar que o saltador João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, havia falecido. Mais tarde, no “Jornal Hoje”, a jornalista pediu desculpas e esclareceu que o atleta ainda estava vivo, mas o seu estado de saúde era muito grave. João do Pulo só viria a falecer no dia 29 de maio, vítima de cirrose e infecção generalizada.
Joelmir Beting ficou boquiaberto com a divulgação do Plano Collor e virou “meme” em plena década de 90
Reação inevitável
Os fatos extraordinários que acontecem no país não pegam apenas os telespectadores de surpresa. No dia 16 de março de 1990, a Globo levou ao ar o plantão que anunciava o Plano Collor. A operação era tão complexa e inusitada que durante um corte de câmera inesperado, Joelmir Beting, que apresentava o boletim ao lado de Paulo Henrique Amorim, acabou aparecendo no vídeo com uma fisionomia de perplexidade. O momento foi tão antológico que o “Jornal do Brasil” usou a imagem do jornalista na matéria sobre o novo plano econômico no Brasil no dia seguinte. O título da reportagem era: “A cara da nação”.
Incêndio no programa de Xuxa Meneghel já virou pauta do “Plantão”
Quando a Globo virou notícia
Em pelo menos duas vezes, o “Plantão da Globo” anunciou notícias que envolveram a própria emissora. No dia 14 novembro de 2000, o jornalismo da emissora interrompeu a “Sessão da Tarde” para informar que por uma decisão da Primeira Vara da Infância de Juventude no Rio de Janeiro, os atores menores de idade que integravam o elenco de “Laços de Família” foram afastados das gravações da novela por participarem de cenas impróprias para eles. Em janeiro de 2001, o canal também cobriu amplamente o incêndio que destruiu parte do estúdio do programa infantil “Xuxa Park” durante a sua programação.
Faustão deu “spoiler” do Plantão nas eleições de 2010
A vinheta anunciada
O “Plantão da Globo” sempre pega todo mundo de surpresa, mas no dia 31 de outubro 2010, quando Dilma Rousseff foi eleita presidente da República, pela primeira vez os telespectadores foram avisados que a vinheta entraria no ar. Fausto Silva, que apresentava ao vivo o seu “Domingão”, interrompeu uma entrevista com a atriz Claudia Raia para anunciar o boletim. Sem surpresas, o plantão entrou no ar e a vitória da petista foi informada por William Bonner.
Política domina os plantões do jornalismo
Assuntos mais recorrentes
Por mais que o “Plantão da Globo” sempre esteja associado a tragédias ou mortes de figuras importantes, a política é o assunto que lidera as entradas urgentes do jornalismo. Em um levantamento feito pelo RD1, dos 41 boletins que a Globo exibiu entre 2010 e 2016, 23 noticiaram fatos políticos. Catástrofes e tragédias foram pautas de 7 plantões, enquanto que os assuntos policiais ocuparam 6 edições. Mortes de celebridades e figuras importantes foram anunciadas em apenas 5 plantões.
Plantão que anunciou os últimos acontecimentos da política brasileira já é o vídeo mais visto na página do “JN”
O mais visto na internet
O “Plantão da Globo”que revelou a delação premiada de Joesley Batista, dono da JBS, e culminou no afastamento de Aécio Neves da presidência do PSDB e do Senado Federal e quase derrubou o presidente Michel Temer, bateu recordes de visualizações na página do “Jornal Nacional” no Facebook, com 80.994 comentários, 410 mil reações, 964.455 compartilhamentos. O vídeo foi visto por 28 milhões de pessoas até na última sexta-feira (19).
Já no YouTube, o vídeo mais assistido de todos os plantões foi o da morte de Ayrton Senna (956 mil visualizações), seguido pelo assassinato de Daniela Perez (704 mil visualizações) e o 11 de setembro (616 mil visualizações).
RD1
Confira a atual vinheta
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